A Cidade
SÃO SEBASTIÃO DO ANTA-MG
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
Situada na macro-região de Caratinga e meso-região do Rio Doce, confrontando ao sul com o Município de Imbé de Minas, ao leste com a Cidade de São Domingos das Dores, leste e norte com o Município de Inhapim, apresenta 06 (seis) córregos principais: Córrego do Parado, Córrego do Emboque, Córrego do Anta, Córrego das Águas Claras, Córrego Boa Esperança, Córrego dos Felipes, numa área aproximadamente de 80,4Km2; O nosso relevo caracteriza-se por uma sucessão de morros, colinas, serras, sendo 20% montanhoso, 70% ondulado e 10% baixada, apresentando uma altitude, uma relação ao oceano atlântico de 800 a 900M; A nossa vegetação é formada principalmente por floresta estacional semi-descida planície de encosta típica do vale do rio doce; o clima é mesotérmico, quase megatérmico, do tipo tropical e sub-úmido; o clima é frio e se explica devido à altitude, mesmo no verão durante a noite, principalmente na época de chuvas há uma queda brusca na temperatura divergindo assim dos locais vizinhos.
RELIGIÃO
Joviano José Carvalho, Romão José Soares, Francisco de Assis Pereira, José Antonio Santana, Sebastião Pádua, José Jacinto Coimbra levantaram uma pequena casinha, onde funcionara a igreja de nosso padroeiro, muitos fiéis rezavam o rosário nas madrugadas frias do pequeno lugarejo, e com a grande participação do povo, fez se necessário a presença de um vigário para abençoar a pequena capela, tivemos então a primeira missa celebrada aos nossos antepassados, pelo Padre Vigilato, e a segunda pelo padre Oton por volta dos anos 45 e 50, , a partir de então começaram as missões, acontecimento religioso que atraia a vizinhança que as vezes vinham de longe a pé ou a cavalo (meio de transporte da época), para prestigiar a festa religiosa que contava com a presença dos Padres José Alves e Hoton. Por volta de 1974 a 1976 surge em S. S. do Anta o trabalho de CEBs implantado pelo Sr. Josafá Belmiro Cruz, Gerson Santana Raimundo Dornelas da Costa e outros, hoje já são mais de 40 os líderes responsáveis pelos trabalhos de CEBs, Catequese, Jovens, Crisma, Apostolado de Oração, Vicentinos , Casais, Dízimos e outros. A Assembléia de Deus surgiu em 1976 funcionava inicialmente na casa do Sr. Sebastião de Paula Mateus, hoje possui sede própria. Hoje em dia São Sebastião do Anta possui várias igrejas evangélicas sendo, Igreja Deus é Amor, Igreja Batista, Igreja Maranata.
TRANSPORTE
Os meios de transporte usado eram: tropas, carro de boi, carroça, charrete e animal.
O velho carro de boi hoje praticamente desconhecido pelos mais jovens foi o primeiro meio de transporte a rodar por estas terras e a testemunhar os primeiros capítulos da nossa história. Além de transportar cana e lenha na época dos engenhos, o carro de boi também já carregou mudanças e pessoas.
Hoje é menos comum a freqüência das carroças e charretes circulando pela área central da cidade, mas, em tempos passados ter veículo ou transporte de pessoas ou de cargas era um privilégio de poucos; as carroças e as charretes tinham presença acentuada no cenário de São Sebastião do Anta, sem contar que eram os únicos veículos que não atolavam no lamaçal nos dias de chuva.
Por volta dos anos 50 a 60 surgem os primeiros carros á gasolina do povoado, possuídos por Sr. Avelino Jacinto Coimbra (foto a direita), José Antônio Santana (foto a esquerda) e Sr. Joaquim Jacinto.
Em torno dos anos 70 surge o primeiro ônibus que recebe o nome de formigão, por que sua frente era igual a caminhão, o dono Sr. José Borba, mais tarde a Viação Tabajara e hoje a Viação Dois Irmãos de propriedade do Sr. Silva Rocha.
CULTURA
Foram surgindo os pequenos produtores rurais que trabalhavam a terra; naquela época existia monjolo que era usado para socar café em coco e também milho pra fazer farinha, em quase todas as casas era possível encontrar também o pilão, cuja função é a mesma do monjolo, mas não é movido a água e sim pelos braços humano.
Outra coisa muito usada tambem eram os engenhos, Inicialmente eles eram movidos a tração humana, tração animal (trapiches) ou moinhos d´água. A produção artesanal gerava vários tipos de açúcar com qualidades variáveis, e a linha de produtos podia incluir também aguardente, melado e rapadura. Para a fabricação de açúcar e rapadura moída a cana, a garapa era levada até um tacho de cobre onde fervia sob fogo forte. Evaporando a água, a garapa ia encorpando e formando o melado.
Usava-se uma escumadeira para retirar as impurezas que se concentravam na espuma e verificar a sua densidade. Para fazer açúcar, deixava-se o melado adquirir maior densidade. Ao aproximar-se do ponto, diminuía-se o fogo para evitar o escurecimento. Esfriado no tacho, era transferido para o gamelão,Solidificado em placas de cristal, era colocado em caixas de madeira para escorrer o líquido ainda existente, após alguns dias, era posto em tablados para secar ao sol, Com uma enxada, os blocos de cristal eram remexidos e esfarelados até a seca total, peneirado para separar os torrões, era acondicionado em caixas de madeira em local seco e ventilado. De cor amarelada,o açúcar grosso ou mascavo, estava pronto para o consumo.
EDUCAÇÃO
Por volta dos anos 58 -59, surge a Escola Municipal João Barbosa que funcionava na casa da Prefeitura localizada na praça João Barbosa Neto; quando passou para a rede Estadual o político Dr. Altair Chagas conseguiu uma verba para a construção do prédio e o Sr. José Florencio de Souza (Juquinha Flor) doou uma área de 4000 m2 para a construção da mesma. Os professores que começaram o trabalho de alfabetização foram, Dona Zulmira, Francisca de Oliveira Nadir Costa Jacinto, Oroni Costa e outros. A Escola Estadual recebe o nome de “Professor Ilídio Alves de Carvalho” e iniciou com aproximadamente 100 (cem) alunos;
A criação oficial da Escola foi em 1965, daquela época até o final de 1991 a direção da escola era exercida por pessoas indicadas por políticos, sendo Srª Elza de Souza Brito, Srª Elizete Amaro Martins Galina, e a Srª Marta Dornelas Barbosa ficando a ultima com o mandato de 1990 a 1991, quando foi implantado novo programa da Secretaria de Educação com eleição direta para o cargo de diretor com a participação da comunidade escolar. A primeira eleição aconteceu em novembro de 1991, sendo eleita Lucimeire Soares de Oliveira.
A partir de 15/08/2003 através da Portaria nº 931/03 a E.E. “Prof. Ilídio Alves de Carvalho” passou se identificar como Escola do Ensino Fundamental de 5º a 8º série e ensino Médio, processo aprovado pelo Governador Aécio Neves e Secretária da Educação Vanessa Guimarães Pinto.
Em 1998 através da Resolução nº 9408/98 foi autorizada a municipalização das turmas do Ensino Fundamental, passando a chamar-se escola Municipal de Ensino Fundamental “Mauro Jacinto de Freitas de 1º a 8º série, começado a funcionar na sede da Escola Municipal “Vovô Miltinho Chagas” e na Escola Estadual “Prof. Ilídio Alves de Carvalho”. Neste mesmo ano passou a funcionar em sede própria Escola Municipal “Mauro Jacinto de Freitas”. O nome da escola foi uma homenagem prestada pelo 1º Prefeito Municipal de São Sebastião do Anta a seu filho que deixou este mundo ainda muito jovem.
No ano de 2004 aderiu o ensino fundamental de 9 (nove) anos.
PROGRESSO
No ano de 1950 o povo conhece o primeiro meio de comunicação um rádio a pilha do Sr. Duca. Por volta dos anos 1958-1959 surge a primeira escola com o nome “Escola Municipal João Barbosa”, que funcionava na casa da Prefeitura na Praça João Barbosa, que mais tarde tornou-se “Escola Estadual “Professor Ilídio Alves de Carvalho” com sede própria em terras doadas pelo Sr. José Florenço de Souza.
Em 1964 o pequeno povoado se torna distrito e recebe o Cartório de Paz e Notas, cujo escrivão era o Sr. Ilídio Alves de Carvalho Filho; nesta época tínhamos luz de usina, fornecida pelo Sr. João Antônio da Silveira que também foi o primeiro Juiz de Paz do distrito .
E o progresso continua a usina foi substituída pala energia elétrica fornecida pela CEMIG, e o povo conhece a primeira televisão, dono Sr. José Custódio Gomes; em 1987 mais um passo em direção ao progresso recebemos um Posto telefônico, através do esforço da comunidade pelo Conselho de Desenvolvimento Comunitário, Banco do Brasil e Prefeitura de Inhapim, e através do mesmo conselho, grande contribuição da população conseguimos em 1988 um Posto de Saúde onde o atendimento era feito uma vez por semana por um médico.
E como o progresso não pode parar, em 1995 aconteceu um dos fatos mais importantes de nosso município, a tão sonhada emancipação conseguida através de muito esforço e perseverança de uma comissão formada para este fim, presidida pelo Sr. Francisco José de Freitas e demais membros Nilton Pereira Gomes, João Batista Vinha, Adair Cândido de Oliveira, Ronaldo Gomes, Helis Coelho Cruz juntamente com o Prefeito de Inhapim Almiro Siqueira de Almeida; No dia 22 de outubro de 1995 aconteceu o plebiscito que foi aprovado pela maioria dos votos da comunidade, em 21 de dezembro de 1995 saiu a publicação no Diário Oficial da União sobre a criação oficial do Município de São Sebastião do Anta – MG.
ESPORTE
Em meados dos anos 50 por volta de 1956, inicia-se no pequeno povoado o jogo de futebol, não conseguimos saber o nome do time, mas conseguimos uma foto de um time que talvez nem tivesse nome, mas deu o ponta pé inicial para a prática deste esporte em nosso município.
Mais tarde em 1973 foi criado o Palmeiras tendo como Presidente Aparício Garcia de Mattos e Adão Francisco Pereira, Técnico Francisco José de Freitas e Raimundo Dornelas da Costa;
Alguns anos mais tarde por volta de 1977 foi criado o Benfica sendo o Presidente e Técnico Alair de Oliveira Cruz; posteriormente foi criado o União Futebol Clube entre 1984 e 1986, Presidente José Onofre de Aquino, Técnico Iron Velozo; Em 1986 criou-se o Juventos, Presidente Nilton Pereira Gomes, Técnico João Custódio de Melo.
Outro esporte praticado era o Jogo de Maia o primeiro time teve seu 1º torneio em 14 de setembro de 1945 contra o Itajutiba, tendo como Juiz Sr. José Venâncio Cardoso, Porta Bandeira Sr.ª Tita esposa de José Candido.
Hoje São Sebastião do Anta conta com vários times que foram criados no decorrer dos anos, participando de copas Distritais e Municipais e Copa do Café.
FESTAS E CULTURA
Eram comuns festas coroadas de comidas típicas, desafios, a famosa mulinha acompanhando o bumba meu boi, dança da fita e as famosas missões (festa religiosa) que atraia fiéis das comunidades vizinhas (como na foto abaixo)
Hoje em dia o que se tornou tradição em nossa Cidade é a Festa do Café, já estamos na 13º edição, o evento propicia uma opção de lazer durante três dias, com shows regionais e de artista conhecidos nacionalmente, dentre outras atrações como: Campeonato de Assa Delta, Parapente, MotoCross e futebol, Circuito Mineiro de Cafeicultura e o concurso de Rainha do Café com o desfile de belas garotas, abaixo fotos das nossas rainhas (infelizmente não conseguimos fotos da 1º rainha Angelita, e da 5º rainha Flávia).